Saúde sexual masculina após os 50 anos: o que muda?

A saúde sexual é uma parte importante da qualidade de vida dos homens, especialmente na maturidade. Com o avanço da idade, é comum que alguns aspectos da função sexual passem por transformações.

Quais mudanças são esperadas após os 50 anos?

Com o envelhecimento, o organismo masculino passa por diversas alterações hormonais, vasculares e metabólicas que podem impactar diretamente a função sexual. A principal mudança observada é a redução gradual dos níveis de testosterona, hormônio essencial para o desejo sexual (libido), a produção de espermatozoides e a manutenção da massa muscular e óssea.

Além disso, podem ocorrer:

  • Diminuição da frequência e intensidade das ereções
  • Maior tempo necessário para atingir a excitação e o orgasmo
  • Redução do volume de ejaculação
  • Diminuição do desejo sexual
  • Aumento da incidência de disfunção erétil

Essas alterações não são necessariamente sinais de uma doença, mas sim parte do processo natural de envelhecimento. No entanto, quando os sintomas passam a comprometer a qualidade de vida ou o relacionamento, é importante procurar ajuda médica.

O papel das doenças crônicas e do estilo de vida

Doenças como hipertensão, diabetes, obesidade e dislipidemia (colesterol alto) são mais comuns após os 50 anos e podem comprometer a circulação sanguínea e os nervos responsáveis pela função erétil. Além disso, o uso de certos medicamentos para tratar essas doenças também pode afetar negativamente o desempenho sexual.

O tabagismo, o consumo excessivo de álcool, o sedentarismo e o estresse crônico são outros fatores que contribuem para a piora da saúde. Por isso, adotar um estilo de vida saudável é fundamental não apenas para a saúde geral, mas também para preservar a vida sexual ativa e prazerosa.

Como tratar e preservar a saúde sexual na maturidade

A primeira atitude é conversar abertamente com um urologista. Muitas vezes, os homens sentem vergonha ou acreditam que os sintomas fazem parte do envelhecimento e não têm solução. No entanto, há diversas abordagens eficazes que podem ajudar, como:

  • Mudanças no estilo de vida (alimentação, exercícios físicos, sono);
  • Terapia de reposição hormonal (quando indicada);
  • Medicamentos para disfunção erétil;
  • Acompanhamento psicológico ou terapia sexual.

Cada caso deve ser avaliado individualmente, levando em consideração o histórico de saúde, os sintomas e as expectativas do paciente.

Com orientação médica adequada e hábitos saudáveis, é possível viver essa fase com plenitude, prazer e autoestima. Não hesite em procurar um urologista — cuidar da saúde sexual é um ato de autocuidado e respeito por si mesmo.

Dr. Felipe Nogueira

Urologista e Andrologista

CRM-BA: 23222
CRM-PE: 26680
CRM-SP: 159009
RQE 15826 / 15827

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